Equatoriais

Maurício de Almeida

Maurício de Almeida. Campinas, 1982. Formado em antropologia, é autor de Beijando Dentes (Record, 2008), livro de contos vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2007, A Instrução da Noite (Rocco, 2016), romance vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2017 na categoria melhor livro do ano estreante até de 40 anos, e Equatoriais (Maralto Edições, 2023). Participou das coletâneas Como se não houvesse Amanhã (Record, 2010), O Livro Branco (Record, 2012), Dias de Domingo (José Olympio, 2021) e tem contos publicados em revistas e jornais, além de traduções para o espanhol e para o inglês.

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Maurício de Almeida

Livros

Equatoriais

Maurício de Almeida estreou com o estupendo Beijando dentes, livro de contos vencedor do Prêmio Sesc de Literatura que o inseriu na cena brasileira, seguido do também premiado romance A instrução da noite. Equatoriais é seu retorno aos contos numa continuação de sua pesquisa sobre amor e linguagem. Ao longo de 13 narrativas, Maurício mescla o tom lírico e o testemunho da antiguidade do afeto, o amor como o passado do passado. Logo no primeiro conto, que dá título ao livro, Maurício dimensiona o trajeto: escreve as estradas pelas quais se buscam e colidem não apenas as relações de afeto, mas a própria planta baixa do país.

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A instrução da noite

Depois de anos desaparecido, um pai volta para casa, provocando, além de surpresa, uma avalanche de sentimentos contraditórios nos membros da família. Vencedor do Prêmio SESC de Literatura por Beijando dentes, Maurício de Almeida costura com grande habilidade o drama psicológico vivenciado por cada um dos personagens de seu intrincado novelo familiar em A instrução da noite, sua estreia na Rocco. Dialogando com a literatura de Osman Lins e Raduan Nassar, o autor cria belas metáforas para falar de situações e sentimentos como perdas,traição, frustração, solidão, medo e abandono, e dos traumas que cada um carrega, muitas vezes por uma vida inteira, e que influenciam as escolhas que fazemos ao longo dessa mesma vida (José Castello).

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Beijando Dentes

O livro de Maurício de Almeida consegue uma combinação incomum entre a linguagem inventiva e a fluência narrativa. Lança mão de vários recursos técnicos sem ser cansativo ou obscuro, pois sua razão de ser está na própria história que conta. Em "Às quatro em meia da manhã", por exemplo, o ritmo traduz a respiração presa do narrador à espera insone de sua amada. A partir de cenas e falas banais do cotidiano, o autor faz um exame das tensões nos relacionamentos humanos, por gênero e geração. As vozes dos personagens são críveis e há belos achados verbais. (Daniel Piza)

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